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11 de novembro de 2009

Etiqueta na internet


Cuidados essenciais para manter boas relações na web



Sites de relacionamento na internet comportam pessoas de culturas, etnias, gêneros, profissões, idades mais diversas. Em meio a tanta diversidade, como descobrir um código comum, que permita ultrapassar os obstáculos e estabelecer laços mais estreitos? Para especialista em netiqueta, conhecer as normas que vigoram na rede é indispensável. Mas, como essas regras não são lá tá rígidas assim, melhor não prender-se demais a elas.

Ser elegante na internet, para a psicanalista Dorli Kamkhazi, especialista em etiqueta, é arriscar o novo e fantasia, mas com o cuidado de não se machucar, nem ferir o outro. Afinal, sea permissão do anonimato nos sites de relacionamento abre as portas do lúdico e da liberdade, por outro lado, ela também implica em questionamentos sobre o que há de verdadeiro e de contraditório. Portanto, cuidado na hora de disparar um email ou de engatar uma conversa nas salas de bate-papo, não faz mal a ninguém.

"Além da desconfiança com relação ao outro, existe o risco de fantasiar e engatar na loucura e na perdição de fingir para si mesmo ser algo que não se alcança", diz Dorli. "E, quando o desejo que nos move para a internet é conhecer pessoas novas, perder-se em mentiras sobre si mesmo é muito frustrante", diz Dorli.

Para Dorli, é preciso assumir as próprias dúvidas e contradições, nem que seja para si próprio. "Não ter medo de admitir quando não sabe. Ser cúmplice de si mesmo. Só dessa forma é possível confiar na boa intenção do outro", diz.

Muitas vezes, as pessoas ainda estão se familiarizando com as novas ferramentas e não sabem, por exemplo, que é possível apagar o e-mail do remetente e dos destinatários antes de encaminhar a mensagem para outra pessoa. Dorli recomenda naturalidade ao perguntar e responder. "É normal ter dúvidas", diz ela. Nas novas regras de netiqueta, "chique" é a pessoa que compreende as dificuldades e, na medida do possível, ajuda a esclarecê-las. "Dá a chance a nós e ao outro de tentar melhorar a cada dia", ressalta.

Mas, vale reconhecer que, como na vida real, a internet também abriga mal-intencionados. "O ideal é seguir a própria intuição, se resguardar e fugir dos engraçadinhos, que não têm a mesma educação e querem se divertir às custas do humor dos outros", opina a psicanalista.

"O principal fundamento que rege as normas de netiqueta corresponde às regras da vida real", conclui. É a aceitação que, em todos os relacionamentos, da vida profissional ou íntima, o ser humano busca afeto e reconhecimento. "Entende-se que todos querem ser importantes para alguém. E que, para isso, precisam estar abertos ao relacionamento, mesmo correndo o risco de rejeição. Precisam investir e arriscar, sem fechar os olhos para as nuances e imprevistos da realidade. Dessa forma, as chances de encontrar alguém com as mesmas intenções aumentam", diz Dorli.

Investir na afetividade não significa divulgar o nome verdadeiro ou o e-mail pessoal no primeiro contato, quando o site reserva o direito de privacidade aos usuários. Mas respeitar as regras de cada página e a necessidade de privacidade dos internautas. Ou seja, "estar atento não apenas aos próprios interesses mas aos dos outros também", diz a psicanalista.

Os manuais de netiqueta visam resguardar os internautas da invasão ou exposição de privacidade. As principais recomendações relacionam-se a agir com naturalidade, o mais próximo possível da vida real.


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