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18 de maio de 2009

Brasil o quarto país do mundo mais contaminado por programas que furtam senhas







Kevin Mitnick, 45 anos, o ex-hacker mais famoso do mundo, ganhou notoriedade nos anos 90, quando, jovem vivendo em Los Angeles, invadiu uma série de sites de empresas e do governo americano. Ficou preso por cinco anos e mais três sem poder chegar perto de um computador por ordem judicial. Hoje, tem uma empresa especializada em ajudar as companhias a se proteger de hackers. Por telefone, Mitnick falou a VEJA.
O Brasil é o quarto país do mundo mais exposto aos crimes virtuais. Por que caímos tanto nesses golpes?
Creio que há muitos programas piratas na América do Sul. Eles são mais vulneráveis porque não recebem as atualizações contra novas ameaças. Não sei se no Brasil a situação é igual, mas, em Bogotá, você anda nas ruas e vê muita oferta desse tipo de produto – as pessoas compram porque é barato. Ter o programa original não é uma blindagem, mas diminui significativamente a margem de ataques.
O que é preciso fazer para diminuir o risco?
É necessário informar as pessoas. Os governos precisam oferecer educação tecnológica, principalmente por meio de veículos de comunicação de massa, como rádio e televisão.
Os hackers estão cada vez mais ousados e habilidosos. Até onde eles poderão chegar?
Não há limite para eles. As organizações criminosas estão usando a internet porque é mais fácil, mais rentável e oferece menos riscos. Para elas, trata-se de uma ótima oportunidade, um grande mercado.
Isso quer dizer que a polícia vai estar sempre defasada em relação ao bandido?
A polícia vai pegar alguns tipos de fraude e os criminosos vão inventar outros, e assim por diante. As pessoas não podem depender da polícia para se proteger. Ela pode ajudar as vítimas dos golpes. Mas é melhor se esforçar para não ser uma vítima.

Fonte: Revista Veja de 20/05/2009 - pág.33


Um comentário:

Gabriel e Lourdes disse...

Bem importante a gente saber disso e ficar atento.
abraço